Diálogos sobre a inutilidade
“No meio da confusão, encontre a simplicidade. A partir da discórdia, encontre a harmonia. No meio da dificuldade reside a oportunidade. “— Albert Einstein
A realização de um desenho pressupõe a existência de um diálogo – visual; interpretativo; produtor de fronteiras e territórios – entre o observador, ou produtor criativo, e o objeto da sua representação, que assim sendo procura entendimento através dos elementos gráficos básicos (ponto, linha, mancha). Esse diálogo é tanto mais completo, quanto o tempo que lhe cedemos. Desta forma a produção artística tem forma e conteúdo neste modo de dialogar.
A casa Museu Abel Salazar surgiu neste sentido como espaço de interação e diálogo, mas também e essencialmente como tema e motivo de representação. Num tempo de atitudes paradoxais e de perceções globalizantes e digitais, a observação e representação de pequenos fragmentos da casa (chão, junta da janela, parede) orientam-nos para uma atitude particular e insignificante da realidade, observada por um microscópio digital e produzida com a maior dedicação descritiva. A utilidade desta atitude inútil serve assim o seu papel de tornar presente formas desconfortáveis pela sua estranheza e dimensão onde nada é ignorado da observação, num mundo de produções visuais cada vez maior, mas cada vez mais restrito.
“No meio da confusão, encontre a simplicidade. A partir da discórdia, encontre a harmonia. No meio da dificuldade reside a oportunidade. “— Albert Einstein
A realização de um desenho pressupõe a existência de um diálogo – visual; interpretativo; produtor de fronteiras e territórios – entre o observador, ou produtor criativo, e o objeto da sua representação, que assim sendo procura entendimento através dos elementos gráficos básicos (ponto, linha, mancha). Esse diálogo é tanto mais completo, quanto o tempo que lhe cedemos. Desta forma a produção artística tem forma e conteúdo neste modo de dialogar.
A casa Museu Abel Salazar surgiu neste sentido como espaço de interação e diálogo, mas também e essencialmente como tema e motivo de representação. Num tempo de atitudes paradoxais e de perceções globalizantes e digitais, a observação e representação de pequenos fragmentos da casa (chão, junta da janela, parede) orientam-nos para uma atitude particular e insignificante da realidade, observada por um microscópio digital e produzida com a maior dedicação descritiva. A utilidade desta atitude inútil serve assim o seu papel de tornar presente formas desconfortáveis pela sua estranheza e dimensão onde nada é ignorado da observação, num mundo de produções visuais cada vez maior, mas cada vez mais restrito.